27/02/2010

Cuidados a ter em laboratório



Tendo em conta a contaminação que aconteceu na trituração da alga após a última recolha devido á utilização de clorofórmio, notou-se a importância de falar e rever alguns cuidados a ter em laboratório durante a trituração, extracção e manuseamento do material a utilizar de modo a não haver contacto da experiência com quem está a realizar a experiência.
Durante a actividade laboratorial deve-se usar sempre o material de protecção (luvas, óculos, máscaras, etc.) indicado para cada caso particular assim como uniformes adequados, longo e fechado com velcro e sem bolsos inferiores e proteger bem os pés com calçado adequado.
Em laboratório também não correr, comer, fumar, nem utilizar material de laboratório em uso individual (por exemplo, para beber água), Ler os rótulos dos reagentes com atenção (inflamável, tóxicos, etc.) e utilizar os mesmos com os devidos cuidados.
Outros cuidados a ter em laboratório são:
-Ao preparar reagentes, rotular imediatamente os frascos, para evitar confusões.
-Ao derramar alguma substância sobre a bancada ou chão, limpar imediatamente o local para evitar acidentes.
            - Não aquecer substâncias combustíveis sem os devidos cuidados.
            - Não inalar vapores de gases irritantes ou tóxicos.
            - Nunca deixar sem atenção qualquer operação onde haja aquecimento ou reacção violenta.
            - Após trabalhar com material tóxico, lavar bem as mãos, o local de trabalho e os materiais utilizados.
            - Proteger as mãos com luvas apropriadas.
            - Ter o conhecimento da localização dos chuveiros de emergência, lavadores de olhos e extintores e saber utilizá-los correctamente.
 


 

Seguindo estas indicações, pode-se evitar acidentes de laboratório e inconvenientes, fazendo com que as experiências de laboratório sejam mais seguras.
Fontes de informação:
Imagens:



Realizado por : Henrique Arruda

O Clorofórmio e os seus perigos!


Tal como o metanol, o cloroformio possui também a capacidade de causar danos no organismo, que variam consoante o tempo de exposição e o tipo de contaminação.
Tendo em conta que o clorofórmio faz parte do nosso trabalho como solvente, é importante falar sobre os danos causados pelo mesmo.
No caso de exposição por inalação há vários efeitos possíveis, embora iremos falar só de alguns mais relevantes.

Inalação
a)      Para haver a morte do indivíduo com clorofórmio, é necessário que haja uma overdose, ou seja em estudos feitos utilizando 22500ppm não houve aumento da taxa de mortalidade, mas já com 40000ppm é induzida uma overdose no indivíduo.
b)      Os efeitos respiratórios em pacientes anestesiados recorrendo ao clorofórmio, foram alterações no ritmos respiratório, em doses inferiores a 22500ppm, sendo o ritmo respiratório mais baixo que o normal.
c)        Em testes feitos relativamente ao efeito cardiovascular denotou-se em muitos casos de anestesia por clorofórmio (50%) uma arritmia cardíaca, ou seja bloqueio aurículo-ventricular, notou-se também a existência de baixas tensões – hipotensão -.
d)      Os efeito mais graves observados são os hepáticos, neste caso o clorofórmio inalado faz com que haja uma retenção de bromoftaleina o que indica uma deficiência a nível do fígado, também observa-se outros efeitos como o aumento e amolecimento do fígado, delírio coma e até mesmo morte com necrose centrilobular.
e)      Não foram elaborados testes com humanos ao efeito de desenvolvimento, mas em ratos notou-se um atraso na ossidificação, uma ondulação nas costelas, existência de fetos sem cauda, sem costelas, ânus não perfurado, isto em indivíduos do sexo feminino.  
Exposição dérmica

Não há muitos estudos relacionados com exposição do clorofórmio com a pele, embora num estudo feito, no qual dois jovens foram expostos a clorofórmio durante 6 semanas por 15 minutos, houve uma destruição do estrato córneo da pele ou camada de queratina – camada superior da pele.

Os restantes testes foram elaborados em coelhos e não foram muito conclusivos.




Existem vários efeitos em relação á exposição oral.

a)      Em relação á mortalidade por clorofórmio, a informação é muito escassa, havendo relatos de caso de morte por ingestão (29,57 ml de clorofórmio (3,755 mg/kg)) em que o indivíduo entrou no hospital em coma, 15 minutos após a ingestão. O indivíduo trabalhava todos os dias com clorofórmio.
b)      A termos de efeitos respiratórios, a informação relativa ao efeito após exposição oral ao clorofórmio é limitada. Obstrução do tracto respiratório devido ao relaxamento muscular foi observado num paciente que ingeriu acidentalmente aproximadamente 2,410 mg/kg de clorofórmio. Pulmões congestionados e infiltrações pulmonares difusas foi observado na autópsia de um homem que cometeu suicídio após ingestão de 3,755 mg/kg de clorofórmio. Em ambos os casos foram consumidos grandes doses de clorofórmio, o que significa que os efeitos observados poderão não ser transpostos para doses mais pequenas.
c)      Em relação a efeitos cardiovasculares, a informação também é muito limitada. A pressão sanguínea e o ritmo cardíaco podem aumentar muito em casos de alto consumo de clorofórmio.
d)      A termos gastrointestinais verifica-se que, após autópsias e exames feitos, o desconforto retro-estrenal, dor durante a deglutição, e dispepsia com vómitos foram alguns dos sintomas reportados dos mesmos.
e)      Os efeitos hematológicos, são resultados de apenas um caso, em que o indivíduo ingeria 21mg/dia num xarope para a tosse. Neste observou-se uma diminuição dos eritrócitos e da hemoglobina.
f)       Efeitos hepáticos são os mais usuais, sendo o fígado o alvo principal do clorofórmio. Icterícia com aumento e amolecimento do fígado foi observada em alguns dos pacientes. Os rins são também um dos alvos principais do clorofórmio, tendo efeitos renais, tendo sido observada observada oliguria um dia após a ingestão, albuminúria foi detectada na urina.
 

Com esta postagem verificamos que o clorofórmio, tal como o metanol, não são brinquedos, e temos inclusive de ter cuidados ao trabalhar com estes dois solventes!

Realizado e postado por: André Piques e Henrique Arruda

Fontes de informação:


O metanol e os seus perigos!

O metanol como já foi referido em postagens anteriores é venenoso podendo mesmo levar à morte do individuo!
Mas de que maneira o metanol actua no corpo humano e que efeitos tem?
Ora bem, o metanol é um álcool que contem na sua composição um só carbono (CH3OH), é um líquido incolor, insípido e com um leve cheiro a álcool, pode inclusive ser explosivo quando no estado gasoso.
Como o metanol é solúvel em água, o organismo consegue facilmente absorver e acumula-lo em zonas como músculos, sangue e olhos. Mas para que cause prejuízos no organismo é necessária a dose ideal para isso, que é entre 20ml e 60ml.
Para além de ser absorvido pelo corpo, o metanol surgir no organismo através de outra substancias, que depois de degradadas originam o metanol, já no organismo. É exemplo disso o aspartame, uma substância utilizada em produtos de dieta.
No esquema seguinte está presente a síntese do aspartame, que origina metanol, ácido aspártico e fenilalnina:


Uma vez presente no organismo o metanol oxida-se em formaldeído que se liga ás proteínas deteriorando-as:
 
Essas são algumas das maneiras do metanol actuar, podendo causar inúmeras doenças, numa lista tão variada onde podemos encontrar doenças como artrite, asma, cancro do cérebro, dificuldades de raciocínio lógico, depressão e consequentemente levar á morte do individuo.


  Realizado e postado por : André Piques

Bactérias: boas ou más?

As bactérias estão presentes em todo o lado, desde o ar que respiramos, a comida que comemos, e até mesmo dentro do nosso organismo. Só para ter uma ideia, no nosso corpo há aproximadamente 100 trilhões de microrganismos.

Imagem 1- A boca é uma das partes do nosso corpo que aglomera uma grande quantidade de bactérias.

Imagem 2- Cada grama de fezes contém cerca de 10 bilhões de microrganismos!

Algumas bactérias são nocivas ao homem, e outras não. Exemplo disso, são as bactérias que vivem em simbiose com o nosso organismo, nomeamente no intestino, ajudando na digestão e evitando a proliferação de micróbios patogénicos. Existem também aquelas que nos ajudam na reciclagem de lixos orgânicos, na produção de muitos alimentos, como queijo, iogurte, vinagre, etc. Dizem-se por isso, que essas bactérias são benéficas para nós.

Imagem 1- O queijo suíço é fabricado a partir de três bactérias, sendo elas: Streptococcus thermophilus, Lactobacillus bulgaricus e Propionibacterium shermanii.

 Pelo contrário, elas também podem ser o principal causador de muitas doenças, como a cólera, tuberculose, gonorréia, tétano, intoxicação alimentar e meningite. As bacterias causadoras de doenças designam-se por agentes patogénicos.
Dessa forma, não é possível classificar as bactérias como boas e más, pois existem milhares de espécies, sendo que algumas trazem malefícios, enquanto outras trazem benefícios aos seres humanos.






Fonte de pesquisa:
Imagens retiradas de:

Trabalho realizado por:

26/02/2010

Volatilidade do metanol

Para serem feitos testes antibacterianos/antifúngicos, é necessário obter um extracto seco a partir do extracto clorofórmico/metanólico, sendo por isso necessária a evaporação do clorofórmio e do metanol dos respectivos extractos.
Estes foram evaporados na Universidade dos Açores, mas não totalmente, sendo necessário evaporar o que restava deixando estes extractos no laboratório da escola.


 
Evaporador rotativo

 Em relação ao clorofórmio, devido á sua volatilidade, este evaporou rápido, tendo este sido utilizado já em testes.
Em relação ao metanol, este ainda não evaporou pois em condições normais, este solvente é pouco volátil, sendo mais difícil evaporar, atrasando assim a utilização do estrato metanólico.
Este solvente, tal como o clorofórmio também já referido, é um solvente extremamente tóxico, podendo entrar no organismo por inalação (causa leve irritação às membranas das mucosas, tem efeito tóxico no sistema nervoso, particularmente no nervo óptico), ingestão (Irrita as membranas da mucosa, pode causar intoxicação e cegueira, e a dose fatal é de 100-125ml), contacto com a pele (pode deixar a pele seca e quebradiça), contacto com os olhos (Irritante e pode causar lesões nos olhos).
A sua exposição crónica prejudica a visão e causa aumento do fígado, e pessoas com desordens de pele, problemas nos olhos, ou com função prejudicada dos rins e fígado podem ser mais susceptíveis aos efeitos da substância.
Realizado por : Henrique Arruda

Fontes:
 




Clorofórmio como solvente e a sua corrosibilidade

Como foi referido em postagens anteriores, para testar o efeito antibacteriano/antifúngico da alga em estudo, utilizamos estratos metanólicos e clorofórmicos da mesma. Após a segunda recolha da alga, após a fase de limpeza e de secagem, passamos a fase de trituração, e para isso coloca-mos a alga em 400ml de clorofórmio e tritura-mos a alga com a utilização de uma varinha mágica. Ao começar a trituração, esta correu bem até ao momento em que o solvente começou a corroer a varinha fazendo com que esta derrete-se sendo que esta também estava aquecida, levando a que a alga no solvente começa-se a ficar azul, fazendo com que esta não pudesse ser mais utilizada para os testes devido á contaminação. Isto levou-nos a ter que fazer uma nova recolha, pois já não tinha alga. Levou o grupo também a pesquisar o porquê da varinha ter derretido. O clorofórmio, também conhecido por triclorometano, apresenta-se como um líquido volátil incolor, não inflamável, de odor etéreo não irritante. É ligeiramente solúvel na água embora não sofra hidrólise. Reage violentamente com metais alcalinos e é oxidado por oxidantes fortes. Pode reagir explosivamente com pó de alumínio e magnésio, entre outras substâncias. Apesar de ser um bom solvente, após o trabalho de pesquisa, Vi-mos que este líquido corrosivo para alguns plásticos, borracha e certos tipos de revestimentos. Com a pesquisa, também se realça o facto de este solvente ser menos utilizado, pois apesar dos seus benefícios com solvente, este também apresenta alguns riscos para a saúde. As principais vias de contacto incluem a ingestão, a inalação e o contacto dérmico, tendo que ser utilizados certos métodos de segurança para a sua utilização. As causas de exposição são muito distintas, embora estejamos diariamente expostos a pequenas porções em simples actividades quotidianas. A água de uso doméstico contribui consideravelmente para os níveis de clorofórmio existentes no ar atmosférico e para a exposição total a que estamos sujeitos.
Fontes de pesquisa:

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/cloroformio/mecac/visaprof.htm
 http://worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Chloroform/4#As_a_solvent
 http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/cloroformio/clorof.htm
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Clorof%C3%B3rmio

Realizado por :Henrique Arruda
Título do projecto: Estudo da actividade antibacteriana e antifúngica da espécie de alga Asparagopsis taxiformis



Síntese do projecto: Neste projecto pretende-se estudar uma espécie de alga (Asparagopsis taxiformis), em termos de actividade antibacteriana e antifúngica, assim como varia esta actividade ao longo do ano.



10 palavras: Ciência, mar, biodiversidade, antibacteriano, antifúngico, trabalho experimental, inovador, interactivo e ecológico.